Carolina Franco: “A sociedade continuará a ter um grupo
de comunicação comprometido com Sergipe”
Carolina Franco: "Com audiências crescentes, a marca de
100 milhões de pessoas foi ultrapassada algumas vezes"
Publicado originalmente no site JL Política, em 21 de Dezembro de 2017
Carolina Franco: “Para mim e minha mãe, Grupo TV Sergipe é
mais que um bom negócio”
Quem faz um negócio como Lourdes Franco e sua filha Carolina
Teles Franco acabaram de realizar, com a aquisição de 50% do Grupo TV Sergipe
em mãos do cunhado e tio Albano Franco, fatalmente entra no radar de muitas
curiosidades. Afinal, a TV Sergipe com seus mais três anexos não são qualquer
coisa. Significam muito para a comunicação social que desempenham no Estado.
E significam muito mais para as duas figuras que arremataram
o negócio. “O grupo que inclui a TV, a FM e os portais sempre foi muito querido
por nós. Ele é, para mim e minha mãe, mais do que um bom negócio: é uma
extensão de nossa família. Vale lembrar que meu pai, César Franco, comandou o
grupo e deixou um legado até hoje lembrado”, diz a Carolina Teles Franco,
diretora-presidente, uma jovem graduada em Marketing e Propaganda pela
Universidade Estadual de Londrina, no Paraná.
Bem-fundamentada e segura de si e do negócio que elas
acabaram de fazer, Carolina Franco aponta razões mil para refutar a tese de que
o mercado de TVs abertas estaria, digamos assim, balançando para o pior. “Esta
reflexão não encontra fundamento em nenhuma informação concreta, baseada em
estudos aceitos pelo mercado. O que os críticos não entendem é que o avanço da
tecnologia só fortaleceu nosso conteúdo de TV aberta”, diz Carolina.
“Sobre este assunto, aliás, o que há é muita desinformação e
achismo. Em 2017, nossa base de telespectadores cresceu. Temos mais audiência e
participação. Ou seja, mais aparelhos estão ligados e, entre estes, ligados na
TV Sergipe, líder absoluta em todos os programas e horários, segundo os dados
da empresa de pesquisas Kantar/Ibope”, reforça Carolina Franco. Leia a
entrevista que ela concedeu à coluna Aparte.
Aparte - A senhora e a sua mãe estão felizes com o negócio
que fizeram, ao arrematarem os 50% da sociedade com Albano Franco na TV
Sergipe, na FM Sergipe e nos portais G1 Sergipe e Globo Esporte Sergipe?
Carolina Teles Franco - Sem dúvida. O grupo que inclui a TV,
a FM e os portais, sempre foi muito querido por nós. Ele é, para mim e minha
mãe, mais do que um bom negócio: é uma extensão de nossa família. Vale lembrar
que meu pai, César Franco, comandou o grupo e deixou um legado até hoje
lembrado. Gostaríamos, claro, que meu tio, Albano Franco, continuasse esta
trajetória vitoriosa ao nosso lado, mas como ele optou em sair, nós nos
sentimos quase que na obrigação de adquirir os outros 50%, por tudo que o grupo
representa para nós e para a sociedade sergipana.
Aparte - O que significaria para as senhoras e para os
empreendimentos em si se o sócio fosse para alguém de fora do Estado, como
estava para se materializar?
CTF - Para nós, foi uma honra ver outras afiliadas
interessadas em dividir conosco o comando desta empresa. Isto prova a solidez
do grupo e a relevância do negócio. Se a venda fosse realizada para uma
emissora de outro Estado, tenho certeza que a TV, a FM e os portais
continuariam fortes e líderes de seus respectivos mercados. Ter um sócio, daqui
ou de fora, nunca foi um problema. Apenas decidimos exercer nosso direito de
preferência de compra, por entendermos ser uma boa oportunidade de negócio e,
como já disse, pela nossa ligação emocional com ele.
Aparte - O que é que a sociedade sergipana pode esperar da
TV Sergipe, da FM e dos portais pertencentes agora somente às senhoras? Muda
alguma estratégia na forma de atuarem?
CTF - A sociedade continuará a ter um grupo de comunicação
comprometido com Sergipe e com a missão de levar, através de várias
plataformas, um conteúdo de qualidade, com responsabilidade. Clientes e
agências continuarão podendo contar com a nossa parceria, que oferecerá, a cada
dia mais, um leque de boas oportunidades, fortalecendo, assim, as suas marcas e
contribuindo com a economia do Estado. Os telespectadores, ouvintes e
internautas, por sua vez, continuarão a encontrar em nossos veículos conteúdos
relevantes, com nossa identidade regional. Certamente, as mudanças na gestão
virão, e isso é natural do negócio. Afinal, as áreas de comunicação e
tecnologia se renovam diariamente e, neste caminho, vamos adotar as práticas
que se fizerem necessárias para nos adaptarmos às novas realidades.
Aparte - Do ponto de vista tecnológico, em que pé se
encontram a TV Sergipe e os demais veículos? Eles estão atualizados ou carentes
de investimentos?
CTF - Temos hoje um parque tecnológico moderno e atualizado.
Juntamente com os antigos sócios, fizemos investimentos em equipamentos,
infraestrutura, softwares e capacitação dos nossos colaboradores. Tudo isso
permitiu, por exemplo, estarmos neste momento prontos e tranquilos para
realizar o desafio do desligamento do sinal analógico da TV, que ocorrerá dia
30 de maio do próximo ano.
Aparte - Não pesou sobre as senhoras a suspeita de que as
perspectivas das TVs abertas não sejam lá tão futurosas, como foram há 20 anos?
CTF - Pelo contrário. Esta reflexão não encontra fundamento
em nenhuma informação concreta, baseada em estudos aceitos pelo mercado. Sobre
este assunto, aliás, o que há é muita desinformação e achismo. Em 2017, nossa
base de telespectadores cresceu. Temos mais audiência e participação. Ou seja,
mais aparelhos estão ligados e, entre estes, ligados na TV Sergipe, líder absoluta
em todos os programas e horários, segundo os dados da empresa de pesquisas
Kantar/Ibope.
Aparte - Os indicativos da matriz também apontam nesta
direção?
CTF - Sim, os números da Globo também comprovam a força do
negócio. De janeiro a setembro deste ano, a Globo teve um alcance médio diário
de 98 milhões de pessoas, o maior índice desde 2011. Com audiências crescentes,
a marca de 100 milhões de pessoas foi ultrapassada algumas vezes. No acumulado
do mês, são 190 milhões, equivalente a 95% das pessoas com TV em casa no
Brasil. Vale reforçar ainda que a internet só tem fortalecido a TV aberta e não
o contrário, como pensam alguns. A internet, aliás, só ampliou o alcance do
conteúdo da TV aberta. Nos seus ambientes digitais, a Globo fala com uma média
de 14 milhões de pessoas por dia. De acordo com os dados da comScore, o
conteúdo Globo em plataformas como G1, globoesporte.com, GShow e Globo Play
impactou 64 milhões de brasileiros por mês, entre janeiro e agosto, dados mais
recentes até agora.
Aparte - A senhora, então, não identifica lógica na visão de
alguns desses críticos?
CTF - O que os críticos não entendem é que o avanço da
tecnologia só fortaleceu nosso conteúdo de TV aberta, hoje exibido em mais
janelas e, portanto, disponível para mais pessoas na plataforma que elas
escolherem, no dia e hora que desejarem consumir. Sendo assim, é um público
impactado maior e mais possibilidades de negócios envolvendo o conteúdo
produzido pelo nosso grupo.
Aparte - A aquisição pelas senhoras envolve o complexo imobiliário
do Morro da TV, onde ficam as sedes das duas empresas?
CTF - Por uma questão de cláusula contratual, não podemos
comentar este assunto.
Aparte - É invasivo perguntar-lhe quando custou o negócio?
CTF - Também em função de uma cláusula contratual, esta
informação não podemos divulgar.
Texto e imagens reproduzidos do site: jlpolitica.com.br
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